Capoeira Coquinho Baiano
|
Ao longo da década de 60 vieram para São Paulo muitos capoeiristas baianos, que chegando aqui, na dura batalha pela sobrevivência estabeleceram-se nos mais diversos ofícios. Por volta de 1967, os mestres Suassuna e Brasília abriram juntos uma academia de capoeira, a Cordão de Ouro. Na medida em que foram conseguindo alguma estabilidade, os migrantes baianos incentivaram parentes e amigos a fazerem o mesmo. Suassuna, baiano de Itabuna, pretendendo, no início dos anos 70, abrir uma frente de expansão do ensino da capoeira em Campinas, enviou para essa cidade o capoeirista Tarzan que tinha acabado de migrar da Bahia para São Paulo.
|
Memória, oralidade e ritualidade |
Desde então, passaram inúmeros capoeiristas, dentre os quais muitos se formaram a mestres, contramestre e instrutores. A Academia de Capoeira Coquinho Baiano tornou-se referência de capoeira e palco para encontros e discussões das mais variadas manifestações culturais brasileiras.
Desde 2005, o Grupo de Capoeira Coquinho Baiano passou a ser representado pelos Mestres Paulão, Tozinho, Dito, Tuim, Macaco e Marcelo, preservando sua própria história como uma das poucas Associações formadas na década de 70 que resistiram ao tempo. Atualmente a Coquinho Baiano mantém vários núcleos principalmente no Estado de São Paulo e em alguns paises da Europa. A capoeira deve ser enaltecida pelos seus aspectos pedagógico, filosófico, educacional, cultural, histórico, social, de integração, prazer, arte, ludicidade, defesa pessoal, folclore e tradição. Sem contar a valorização dos atributos da corporeidade, habilidades motoras, arte marcial, luta de resistência, musicalidade, espírito de grupo e liberdade de expressão. |